FAKE

2020
Realização e operação ao vivo
Encenação: Miguel Fragata
Texto: Inês Barahona e Miguel Fragata
Cenografia: Henrique Ralheta
Figurinos: José António Tenente
Desenho de luz: Rui Monteiro
Música: Hélder Gonçalves
Desenho de som: Nelson Carvalho
Produção executiva: Clara Antunes e Luna Rebelo
Produção: Formiga Atómica
Coprodução: Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Nacional São João e Cineteatro Louletano




Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira
Filipe Ferreira

Fake gravita em torno da figura de Norma B.: uma famosa escritora de romances policiais. Na sua bibliografia, encontra-se um título curioso: “Como Assassinar O Seu Marido”, a história de uma mulher que, como o próprio nome indica, não termina sem que o seu marido seja assassinado. É esse título que lhe traz notoriedade, pela circunstância de, alguns anos depois, Norma ser detida, acusada pela misteriosa morte do seu próprio marido – um famoso professor de culinária.
Mesmo antes de poder pronunciar-se, Norma é julgada publicamente. A sua obra é a prova irrefutável da sua culpa. Os textos escritos por si para dar voz às suas personagens, às suas criaturas, são imputados à criadora. Os seus movimentos mudos, escrutinados em todas as redes sociais. Um súbito close-up sobre a forma como transporta um saco de lixo parece dizer tudo, segundo os seus vizinhos. Para a imprensa mundial, a autora de um título tão sugestivo, só pode ter a pior das intenções. A verdade parece evidente, não?
Fake explora as tensões entre a verdade e a mentira, informação e desinformação, crenças individuais, colectivas e a nossa propensão para acreditar nos preconceitos que carregamos. Em Fake, o Teatro dialoga com o Cinema, numa tentativa de destrinçar a verdade da mentira. A câmara faz o papel de um polígrafo implacável, procurando distinguir um bom actor de um mau mentiroso, num derradeiro close-up.





João Gambino

wugamb@gmail.com
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